sábado, 28 de março de 2009

Oração e Gratidão

Hoje, quando tenho o privilégio de completar meu vigésimo oitavo aniversário, com muita alegria, paz e me sentindo um ser tremendamente abençoado, pela vida, a família, os amigos, os dons, o ministério, e as responsabilidades que me foram por Deus confiadas, como dádiva e graça, me vejo imerso em um mar de águas profundas de gratidão... A paz com Deus é a paz com aquilo que somos, com o que temos e com a vida que ele nos deu, diria Rob Bell, mas é também a paz que excede todo entendimento, paz que somente um ser integralmente disposto a ouvir e discernir a voz do Espírito da vida pode ter.

Minha aptidão para ouvir está estritamente associada com meu movimento em direção à honestidade com Deus. Deixo essa singela oração, como expressão de um coração grato, porém cônscio de suas armadilhas; feliz, porém desejoso de uma vida que vá além da superficialidade que grassa nos quadros da religiosidade de nosso tempo, pia, ritualística, moral, mas sem vida, sem conexão, sem liberdade. É assim:

Pai de amor, perdoa-me por tantas vezes privilegiar pedidos, desejos e o teu poder apenas para realizá-los, de um modo distante do teu querer; por todas as vezes que te tratei como amuleto, como um gênio da lâmpada, utilitariamente.

O Senhor me chama para um relacionamento de amor, enquanto eu, tantas vezes, estou somente preocupado comigo mesmo, com o que amanhã vou comer, vestir, onde vou trabalhar, quanto vou ganhar... assim me esqueço, Paizinho, que um relacionamento vivo contigo pressupõe a confiança básica no teu cuidado pleno nessas e em todas as demais coisas dessa minha efêmera existência.

O Senhor quer de mim uma só coisa: um coração prioritariamente devotado ao teu reino e à tua justiça, ao passo que constantemente me tenho visto dividido entre dois ou mais senhores; queres singularidade, mais eu insisto em viver na duplicidade. Dá-me hoje, Senhor, um espírito manso, humilde e tão dependente de ti qual um bebê, necesitado do seio de sua mãe. Dá-me a sensibilidade suficiente para enxergar quando vier o bem. E que nos dias maus, que certamente virão, não deixe eu de dar fruto, pelo teu Espírito e pelo poder da tua graça, que me é suficiente. "Porque quando sou fraco, então é que sou forte".
Sinceramente teu,

Jonathan

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