terça-feira, 11 de março de 2008

Rumo a uma vida sem julgamentos

Uma das questões espirituais mais difíceis é a de viver sem preconceitos. Algumas vezes não temos nem consciência do quão profundamente enraizados são nossos preconceitos. Podemos até pensar que nos relacionamos de igual pra igual com pessoas que são diferentes de nós em cor, religião, orientação sexual, ou estilo de vida; mas, em circunstâncias concretas, nossos pensamentos espontâneos, palavras sem censura, e reações de bate-pronto frequentemente revelam que nossos preconceitos continuam lá.

Estranhos, pessoas diferentes de nós são colocadas em desconforto, suspeita e hostilidade. Elas nos fazem perder nosso senso de segurança apenas sendo “outras”. Apenas quando reivindicarmos inteiramente o fato de que Deus nos ama de uma forma incondicional e passarmos a olhar para “esses outros” como igualmente amados, poderemos começar a descobrir que a grande variedade de ser humano é uma expressão da imensa riqueza do coração de Deus. Então a necessidade de pré-julgar as pessoas poderá desaparecer gradualmente...
Livres de julgamento, livres para a misericórdia...

Gastamos uma grande parte de nosso tempo e energia fazendo nossas cabeças sobre outras pessoas. Nenhum dia passa sem que uma pessoa faça ou diga alguma coisa que evoque em nós a necessidade de emitir alguma opinião sobre ele ou ela. Nós ouvimos, vemos e conhecemos muitas coisas. O sentimento de que temos de classificá-los em nossas mentes e emitir julgamentos pode ser um tanto quanto opressivo.

Os pais do deserto disseram que julgar outras pessoas é um fardo pesado... Uma vez que deixamos de lado nossa necessidade de julgar o próximo, experimentaremos uma imensa e profunda liberdade. Uma vez livres do julgamento, estaremos também livres para a misericórdia. Lembremos das palavras de Jesus: “Não julgueis e não sereis julgados” (Mateus 7.1).

Henri Nouwen
From Daily Meditation
By Henri Nouwen Society (http://www.henrinouwen.org/)
Tradução: Jonathan Menezes

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