Nascimento: um dos acontecimentos mais mágicos e emocionantes da natureza. O nascer do sol, dos rios, das flores, da vida humana... Não sei (mas espero logo saber) se existe anseio mais gostoso que o dos pais de uma criança quanto ao seu nascimento. O nascimento é algo natural, mas é também um milagre, o milagre da vida, o milagre do natal.segunda-feira, 20 de dezembro de 2010
Grávidos de Deus
Nascimento: um dos acontecimentos mais mágicos e emocionantes da natureza. O nascer do sol, dos rios, das flores, da vida humana... Não sei (mas espero logo saber) se existe anseio mais gostoso que o dos pais de uma criança quanto ao seu nascimento. O nascimento é algo natural, mas é também um milagre, o milagre da vida, o milagre do natal.quarta-feira, 1 de dezembro de 2010
Carta à minha aluna, Elisabete
Querida Bete,Jonathan
quarta-feira, 24 de novembro de 2010
Um canto de vitória e esperança (II)
O que nos motiva e nos move a continuar cantando? segunda-feira, 22 de novembro de 2010
Um canto de vitória e esperança (I)
Como entoar um cântico de vitória e esperança em meio às adversidades? quinta-feira, 28 de outubro de 2010
Dia da Reforma Protestante: o que celebrar?
“Mas temos esse tesouro em vasos de barro, para mostrar que este poder que a tudo excede provém de Deus, e não de nós” (2Co 4.7).segunda-feira, 18 de outubro de 2010
Manifesto a favor do Aborto... dessa palhaçada eleitoral!
Quem imaginava que aquela discussão de cunho ético-religioso, ocorrida durante o 1º turno das Eleições 2010, sobre direitos dos homossexuais e afins, liberdade religiosa e a descriminalização do aborto iria tomar as proporções que tem tomado neste 2º turno? O detalhe é que agora os postulantes ao cargo de presidente do Brasil, Dilma e Serra, resolveram despertar para a questão, muito em função dos dados estatísticos de pesquisas eleitorais, e da própria resposta das urnas.Decididamente inconformado
terça-feira, 5 de outubro de 2010
Só de sacanagem - por Elisa Lucinda
Meu coração está aos pulos!
Quantas vezes minha esperança será posta à prova?
Por quantas provas terá ela que passar? Tudo isso que está aí no ar, malas, cuecas que voam entupidas de dinheiro, do meu, do nosso dinheiro que reservamos duramente para educar os meninos mais pobres que nós, para cuidar gratuitamente da saúde deles e dos seus pais, esse dinheiro viaja na bagagem da impunidade e eu não posso mais.
Quantas vezes, meu amigo, meu rapaz, minha confiança vai ser posta à prova?
Quantas vezes minha esperança vai esperar no cais?
É certo que tempos difíceis existem para aperfeiçoar o aprendiz, mas não é certo que a mentira dos maus brasileiros venha quebrar no nosso nariz.
Meu coração está no escuro, a luz é simples, regada ao conselho simples de meu pai, minha mãe, minha avó e os justos que os precederam: "Não roubarás", "Devolva o lápis do coleguinha", "Esse apontador não é seu, minha filha". Ao invés disso, tanta coisa nojenta e torpe tenho tido que escutar.
Até habeas corpus preventivo, coisa da qual nunca tinha visto falar e sobre a qual minha pobre lógica ainda insiste: esse é o tipo de benefício que só ao culpado interessará. Pois bem, se mexeram comigo, com a velha e fiel fé do meu povo sofrido, então agora eu vou sacanear: mais honesta ainda vou ficar.
Só de sacanagem! Dirão: "Deixa de ser boba, desde Cabral que aqui todo mundo rouba" e vou dizer: "Não importa, será esse o meu carnaval, vou confiar mais e outra vez. Eu, meu irmão, meu filho e meus amigos, vamos pagar limpo a quem a gente deve e receber limpo do nosso freguês. Com o tempo a gente consegue ser livre, ético e o escambau."
Dirão: "É inútil, todo o mundo aqui é corrupto, desde o primeiro homem que veio de Portugal". Eu direi: Não admito, minha esperança é imortal. Eu repito, ouviram? Imortal! Sei que não dá para mudar o começo mas, se a gente quiser, vai dar para mudar o final!
Créditos
Texto: "Só de Sacanagem", por Elisa Gucindo
Música: "Unimultiplicidade", por Ana Carolina e Tom Zé
sexta-feira, 1 de outubro de 2010
Amnésia ideológica no PT
Escrevi o texto abaixo há 6 anos. Relendo-o, percebi o quanto ele continua atual, guardadas as devidas proporções. Ele não demoniza o PT, como alguns têm feito atualmente, porque subentende que qualquer partido tem seus altos e baixos (uns mais baixos que altos, é verdade). Mas se trata de um desabafo de alguém que, um dia, acreditou na luta histórica do partido, e viu essa mesma luta se perder na amnésia ideológica auto-induzida vivida por muitos de seus membros na última década. Assim, exponho-o aqui sem nenhum receio, pois sei que, de lá para cá, a coisa só piorou. O diagnóstico (e o prognóstico), portanto, poderia ser muito pior que o aqui exposto. Segue...domingo, 26 de setembro de 2010
Oração e integridade (III)
Para finalizar esta série, gostaria de compartilhar alguns trechos de pensamentos de autores a quem admiro, não por me ensinarem 10 passos sobre como orar, ou a fórmula da oração bem-sucedida; longe de mim coisas assim, e dos autores aos quais me referirei. Admiro-os, pois, ao falar sobre a oração, não escondem a dificuldade implícita nessa atividade, embora a considerem preciosa e importante; nem tampouco seguem a linha do determinismo crente, de que orar pode mudar céus e terra ou move o coração de Deus, desde que oremos “do jeito certo”.Gosto de ser homem, de ser gente, porque não está dado como certo, inequívoco, irrevogável, que sou ou serei decente, que testemunharei sempre gestos puros, que sou e que serei justo, que respeitarei os outros, que não mentirei escondendo o seu valor porque a inveja de sua presença no mundo me incomoda e me enraivece. Gosto de ser homem, de ser gente, porque sei que a minha passagem pelo mundo não é predeterminada, preestabelecida. Que o meu “destino” não é um dado, (sic) mas algo que precisa ser feito e de cuja responsabilidade não posso me eximir. Gosto de ser gente porque a História em que me faço com os outros e de cuja feitura tomo parte é um tempo de possibilidades e não de determinismo. Daí que insista tanto na problematização do futuro e recuse sua inexorabilidade (Pedagogia da autonomia, p. 58-59).
Oração é, na vida de fé, o ato em que entramos diante de Deus em postura consciente e deliberada de falar e ouvir – relacionamento do Criador com a sua criação e dela com Ele. A qualquer tempo que nos concentramos, focamos os pensamentos e prestamos atenção, nós oramos. Orar significa ter consciência, exercitar a atenção, estimular e desenvolver a intensidade pessoal diante de Deus. (...) A oração é linguagem ousada para se dirigir a Deus, não para explicá-lo nem para falar sobre Ele. É resposta. O evangelho tem a missão de nos fazer parar de falar sobre Deus e nos levar a falar com Ele. (...) O verdadeiro conhecimento de Deus jamais é conhecimento sobre Ele; é sempre relacionamento com Ele (Trovão inverso, p. 128, 129).
A oração é a ponte entre a minha vida inconsciente e consciente. Ela conecta meu pensamento com meu coração, minha vontade com minhas paixões, meu cérebro com meu estômago. A oração é a única via para deixar o Espírito vivificante de Deus penetrar todos os recantos do meu ser. É o instrumento divino de minha completude, unidade e paz interior (Diário, p. 20).
Se é assim, o que posso dizer sobre minha vida de orações? Gosto de orar? É meu desejo orar? Reservo tempo parar orar? Francamente, a resposta é “não” para todas as três questões. Depois de 63 anos de vida e 38 de sacerdócio, minha oração parece tão morta quanto uma pedra. (...) A verdade é que não sinto nada de singular quando oro, se é que sinto alguma coisa. Não há emoções intensas, sensações físicas, ou visões mentais. Nenhum de meus cinco sentidos é tocado – nenhum cheiro especial, nenhum som especial, nenhuma imagem especial, tampouco algum movimento especial. Se por um bom tempo o Espírito agiu tão claramente em minha carne, agora não sinto nada. Vivi na expectativa de que a oração se tornasse mais fácil à medida que eu envelhecesse e me aproximasse da morte. Mas parece estar acontecendo o contrário. As palavras escuridão e aridez parecem ser as melhores para descrever minha oração hoje (Diário, p. 20, 21).
Será que a escuridão e aridez de minha oração são sinais da ausência de Deus, ou são sinais de uma presença mais profunda e vasta que meus sentidos podem abarcar? A morte de minha oração é o fim de minha intimidade com Deus ou o início de uma nova comunhão, para além das palavras, emoções e sensações corporais? Na meia hora em que me sento para estar na presença de Deus e orar, não acontece coisa sobre a qual poderia comentar com meus amigos. Mas talvez esse tempo seja uma maneira de morrer com Jesus. O ano à minha frente deve ser um ano de oração, embora eu diga que minha oração está tão morta quanto uma pedra. A minha certamente está, mas não a oração do Espírito em mim (Diário, p. 21).
Jonathan
quinta-feira, 23 de setembro de 2010
Sobre o Manifesto do Conselho de Pastores Evangélicos de Londrina
O Manifesto ao qual me referirei, pode ser lido no Coisado.com. Fico feliz em ver este Conselho se manifestando, e parabenizo-o pela excelente iniciativa; deveria fazer mais manifestos dessa natureza (e espero que o faça), especialmente fora das eleições, sobre questões públicas que não envolvam somente a “causa” dos evangélicos ou cristãos, como ele mesmo estimula, e muito bem, seus leitores a fazer ao final do texto.terça-feira, 21 de setembro de 2010
No limear entre o Amém e o Retuitar
É engraçado, porém, não sem sentido, como certas reflexões que tenho feito têm nascido e crescido ultimamente de papos informais, seja pessoalmente ou pelo twitter. Às vezes, o que escrevo vira opção de reprodução no twitter, às vezes o que tuíto (é assim que escreve?) vira alternativa para reflexões textuais mais ou menos amplas, como será o caso a seguir.domingo, 19 de setembro de 2010
Discurso da iniquidade à serviço da ideologia dominante: a posição de Marcos Monteiro
No crepúsculo das Eleições do ano de 2010, temos visto a emergência tardia, mas (in)oportuna (de certo modo e por suas próprias razões) de posicionamentos acerca da conjuntura política atual no Brasil. É sintomático: falar de política a cada dois ou quatro anos em função das agendas eleitorais (e eleitoreiras). Tudo bem, “antes tarde do que nunca”, diria o ditado, que endosso parcialmente.quinta-feira, 16 de setembro de 2010
Oração e Integridade (II)

Tu me conheces, Senhor; lembra-te de mim, vem em meu auxílio e vinga-me dos meus perseguidores. Que, pela tua paciência para com eles, eu não seja eliminado. Sabes que sofro afronta por tua causa.Quando as tuas palavras foram encontradas, eu as comi; elas são a minha alegria e o meu júbilo, pois pertenço a ti Senhor Deus dos Exércitos. Jamais me sentei na companhia dos que se divertem, nunca festejei com eles. Sentei-me sozinho, porque a tua mão estava sobre mim e me encheste de indignação. Por que é permanente a minha dor, e a minha ferida é grave e incurável? Por que te tornaste para mim como um riacho seco, cujos mananciais falham? (Jeremias 15.15-18).
segunda-feira, 13 de setembro de 2010
Os defensores do Livro
Assisti ontem ao filme O Livro de Eli. Achei fantástica a sua crítica, sobretudo aquela dirigida aos fundamentalismos religiosos de nosso tempo – em parte, encampado pelo debate em torno do recente pronunciamento, de púlpito, do pastor Paschoal Piragini, pedindo aos seus fiéis para não votar no PT nas eleições de 2010 (mais sobre o debate, ver: http://www.novosdialogos.com/) – em seus usos (e abusos) do “livro sagrado”. Uma das frases marcantes do filme é quando Eli, personagem do protagonista Denzel Washington, afirma: “Todos esses anos que eu o levava e o lia, diariamente, na minha obsessão por mantê-lo a salvo, deixei de viver segundo o que aprendi nele”. sábado, 11 de setembro de 2010
Oração e Integridade (I)
Poucas vezes a oração esteve entre os meus mais diletos temas. Talvez porque as exigências que quase sempre ouvia em relação a ela soassem pesadas e grandes demais para os raros (e custosos) momentos de oração aos quais me dedicava.quarta-feira, 8 de setembro de 2010
Pragmatismo invertido (II): Resposta a Mark Carpenter
Caro Mark,terça-feira, 7 de setembro de 2010
Pragmatismo invertido
Pela primeira vez, tive o privilégio de ver e ouvir o renomado escritor norte-americano Philip Yancey, na Livraria Cultura em São Paulo, na ocasião do lançamento de seu mais recente livro: “What Good is God? In search of a faith that matters” – que, na versão da Editora Mundo Cristão, ficou assim: “Para que serve Deus? Em busca da verdadeira fé”.terça-feira, 31 de agosto de 2010
Aprendizes da arte de dialogar (II)
O que é preciso haver, então, para que o diálogo exista, e não outra coisa? Arrisco-me aqui a ser pragmático e idealista (se é que é possível a convivência entre os dois), beirando o reducionismo, com essas sete pistas ou idéias soltas que ofereço abaixo. Segundo o que entendo, para haver diálogo é preciso:Aprendizes da arte de dialogar (I)
Não há mais dúvidas de que a internet (web) tem se tornado um campo cada vez mais amplo para debates, troca de idéias – e, no meio delas, algumas “farpas” são lançadas – o que nem sempre implica na existência do diálogo. Isto, pois, o diálogo é um lugar, por excelência, para alteridade – a qualidade do que é “outro”, o pensamento alheio, a celebração das diferenças. E quando a existência de diferenças é tratada como “o inimigo”, o que temos não é diálogo, debate entre idéias, lugar de alteridade (com alguma dose de identidade), mas campo de “tiro ao alvo”. E esse alvo facilmente deixa de ser o que outrem pensa, passando a ser esse próprio outrem.domingo, 29 de agosto de 2010
Quando desperta o amor...
“Conjuro-vos, ó filhas de Jerusalém, que não acordeis, nem desperteis o amor antes que este o queira... porque o amor é forte como a morte... as muitas águas não poderiam apagar o amor” (Cântico dos Cânticos, 8.4,7).segunda-feira, 16 de agosto de 2010
O que há de novo na "nova reforma"? (2)
Uma análise que se quer “neutra” da polaridade exposta pela matéria foi a do sociólogo Ricardo Mariano, que, comparando o tipo de “apelo” da proposta em questão com a das igrejas neopentecostais, afirmou: “O destino desses líderes será ‘pescar no aquário’, atraindo insatisfeitos vindos de outras igrejas, ou continuar falando para meia dúzia de pessoas” (p. 91). Sobre a questão de “pescar no aquário”, creio que a visão é um pouco reducionista, porém não de todo equívoca, já que muitos “decepcionados” com a igreja acabam se reencontrando em estilos de comunidade de fé como os citados na matéria.O que há de novo na "nova reforma"? (1)
Em que medida a “nova reforma protestante” anunciada pela matéria da Revista Época (leia aqui), Edição de 9 de agosto de 2010, é mesmo “nova”? Apesar de retórica, talvez essa tenha sido a pergunta que muitos se fizeram ao ler tal matéria, sobretudo aqueles(as) que possuem o mínimo de conhecimento do processo histórico nos últimos 20 anos e não o ignoram, como parece ter feito o autor da matéria e alguns dos entrevistados.