terça-feira, 6 de outubro de 2009

Por uma fé saudável e sem fronteiras

Um amigão meu, Daniel Xavier, enviou-me um artigo escrito por Rafael Madeira (acesse aqui), sob o título: "Introdução à fé: a última fronteira", dando sentido de que a fé seria a última fronteira a ser ultrapassada pelo ser humano já que, segundo ele, ela é "um lance muito errado". Bem, ataques desse tipo não são novos, são? Já vi muitos deles, e muitos desses eu consigo tratar com respeito, vislumbrar um sentido e fundamento na crítica, como nos casos de "ateus" famosos que costumo referendar nesse blog, como Nietzsche, e mais recentemente Sam Harris e Richard Dawkins (obviamente há muitos outros, isso é só um exemplo).

Mas desse texto, sinceramente, não consegui extrair muita coisa. Meu amigo perguntou o que eu acho, e escrevi-lhe dizendo que o que eu penso é o seguinte:

O autor acha que está atacando a fé, mas a pergunta deve ser: a fé de quem? A minha com certeza não é, pois não creio nesse Deus que ele tanto crucifica, muito menos no Deus manifesto nas formas que ele usa para reforçar seu "riquíssimo" argumento. Acho que existe gente hoje pensando de forma mais inteligente em por que a fé ainda pode ser relevante ou até mesmo gente argumentando o contrário de modo mais inteligente

Frases como: "quanto mais absurda for uma idéia, de mais fé você precisa pra acreditar nela, e quanto mais fé você tiver, mais foda você é, aos olhos de Deus", mostram exatamente isso... Lembro-me da frase de Tertuliano: "Creio porque é absurdo". O absurdo aqui aludido é aquilo que não se enquadra em regras ou condiçoes estabelecidas, enquanto o "absurdo" atacado por Madeira pode ser descrito como o destituído de sentido, tolo, ingênuo, pois só uma fé ingênua e imatura pode se resumir em sentenças como a supramencionada.

Julgar a fé e o próprio Deus, bem como a todos aqueles que neles crêem dessa forma, valendo-se de exemplos tristes, mas isolados e que não representam todas as pessoas, é um recurso infantil de alguém inconfessamente desesperado, mas que não consegue achar modelos saudáveis em que se apegar (o que não significa que eles não existam); então, sai atirando pra todo lado como se todo mundo fosse "farinha do mesmo saco" e como se Deus fosse realmente aquela pessoa como elas descrevem.

Deus é suficientemente mais do que isso para que eu continue acreditando, e muito mais do que minhas palavras podem conter, para que eu continue falando dele, sim, mas reconhecendo os limites desse falar. A língua é meu cativeiro, mas o Espírito me liberta para falar do cativeiro.

A fé é certeza, mas em meio a muitas incertezas... E é uma benção que continue sendo assim, pois se na vida tudo fosse um bando de certezas, de que adianta dizer que tenho fé? E se tenho fé, fé de verdade, essa que não é fruto de atos esquizofrênicos em nome de Deus e da religião, mas é uma dádiva de Deus aos simples, pecadores, mas puros de coração e desejosos em viver plenamente a vida e testemunhar o reino de Deus, meu rumo é a maturidade e não essa insuportável infantilidade a que muitas pessoas estão entregues, em meio a homens de má vontade, ou a críticas rasas que não têm uma visão de conjunto.

Discernir é preciso!

Jonathan

2 comentários:

Marcello de Oliveira disse...

Shalom!

Uma alegria conhecer seu blog. O Eterno
resplandeça o rosto DELE sobre ti.

Medite no Salmo 86.11

Nele, Pr Marcelo

P.s> Visite

http://davarelohim.blogspot.com/

e veja o texto:

A cruz, luz que ilumina a história

Anônimo disse...

Muito bom o seu blogue,mas por ter ainda dificuldades com o sistema google friend connnect ,nãqo sei como seguí-lo, ou sei ?
Caso queira me acompanhar seguir o endereço é antoniolex02@gmail.com