
Esse apenas é um caso, dentre tantos outros, uma possibilidade, dentre tantas outras. É preciso que os dois estejam conscientes e certos do que estão fazendo e do que isso implica. Surpresas podem vir? Sim. Mas, neste caso, elas serão menos dolorosas e penosas para os dois, que serão responsáveis e saberão enfrentar as conseqüências, juntos. A vida é menos “romântica”, em certos momentos, quando ela nos encara com a realidade. Não obstante, eu creio muito nisso que estou te falando, e assumo diante de Deus o que penso e falo. Não vejo mal algum no fato de se optar por não fazer sexo antes do casamento, mesmo que se tenha a consciência de que não há um grande mal nisso, dependendo daquelas circunstâncias que mencionei e tantas outras, pois, na prática, a coisa é sempre mais difícil. Não é só você que tem de tomar a decisão, não é só você quem vai fazer, são os dois, sempre os dois. E isto implica em dupla responsabilidade, compromisso e consciência quanto ao ato ou "atos". Quando o que rola é diferente disso, a coisa geralmente não anda mesmo.
Do contrário, eu acho muito positivo quando você chega a um patamar em que tem de reconhecer que, dentre tantas opções, a melhor é ficar como está, até que se tenha plena segurança do que está se fazendo, seja antes ou depois do "casamento". Isto sim, acima de tudo, ainda que sem o embasamento bíblico desejado, é uma atitude madura, pois reflete sua comunhão e temor a Deus. Na dúvida, é sempre melhor optar por não arriscar. Lembre-se: Tudo que não provém de fé É PECADO, já diria Paulo, um profundo entendedor da Liberdade e da Graça em Cristo Jesus. Quando falei que para mim TUDO É GRAÇA, me referia a todas as coisas que são boas e agradáveis aos olhos de Deus, inclusive o sexo. Mas eu não posso pensar que, porque é bom e agradável, vou então fazer da maneira que achar melhor, quando achar melhor.
Jonathan
2 comentários:
Oi Jonathan,
Eu penso mais ou menos assim. A mim me parece que a tal união sexual deveria ser algo resguardado a um contexto onde há compromisso público, social e com disposição de permanência até o fim. Se acontece sem algum desses elementos, a coisa fica "manca" e por mais suposta maturidade e "saber o que estão fazendo e suas implicações", corre-se um risco bem maior das tais consequências "dolorosas e penosas para os dois". Claro que com cabeça no lugar e, acima de tudo, com a experiência da fé e da graça de Deus, as coisas se ajeitarão, haverá restauração, etc. Mas se eu busco o ideal, ou se entendo que Deus apontou para um ideal, então devo tentar ir atrás dele, não é mesmo?
Claro que é minha interpretação, mas sinto isso nas vezes em que se fala nas Escrituras sobre o deixar pai e mãe, se unir e tornar-se uma só carne. E nas vezes em que fala do perigo de se unir em uma relação sexual a um(a) prostituto(a). Para mim esses textos apontam para algo místico nessa união, que deveria ser acompanhado de um compromisso formal, social e público diante dos homens. Se chamarão esse "compromisso" de casamento ou não em cada cultura é papo pra outra discussão, e bom papo. Não posso ser reducionista ou legalista ao olhar por exemplo, só para a virgindade em si, sem considerações mais amplas. Seria hipocrisia! Mas, a meu ver, também devo continuar a buscar algum critério mais sólido e talvez mais bíblico do que a consciência e a maturidade de cada um.
Beleza, mano. Forte abraço!
Concordo contigo, Ricardo, acerca da busca desse critério mais sólido. E um deles, a meu ver, é sim essa liberdade de consciência que Paulo tanto defende em Romanos e 1Coríntios. É um primeiro passo, eu diria. É claro que não se resume a isso. Nem poderia. No momento, estamos uma tanto quanto longe desse critério, dinate de tantas baboseiras que tem-se escrito sobre o assunto, atribuindo a certos textos bíblicos assuntos e imperativos inexistentes ali. Como disse Robinson Cavalcanti, absolutos que não são bíblicos e nem tampouco divinos. Ainda estamos engatinhando nesse assunto, eu repito. Mas podemos dar alguns passos adiante. E isso, a meu ver, requer um sério e crítico exame da realidade que nos cerca, e um confronto dessa realidade com a nossa teologia, que por sua vez deve gerar uma nova hermenêutica para que, por fim, alcancemos uma nova prática. É o círculo hermenêutico do Juan L. Segundo.
Obrigado pela contribuição, mano.
Postar um comentário