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“Quem nos separará do amor de Cristo? Será tribulação, ou angústia, ou perseguição, ou fome, ou nudez, ou perigo, ou espada? Como está escrito: ‘Por amor de ti, somos entregues à morte o dia todo, fomos considerados como ovelhas para o matadouro’. Em todas estas coisas, porém, somos mais que vencedores, por meio daquele que nos amou. Porque eu estou bem certo de que nem a morte, nem a vida, nem os anjos, nem os principados, nem as coisas do presente, nem do porvir, nem os poderes, nem a altura, nem a profundidade, nem qualquer outra criatura poderá separar-nos do amor de Deus, que está em Cristo Jesus, nosso Senhor” (Romanos 8.35-39).
Sempre acreditei, contra todas as falsas expectativas e os falsos sentimentos, que o AMOR é a mais sublime e necessária de todas as virtudes, marca indelével da imagem de Deus em nós... Não porque seja um sentimento, mas porque é e se traduz em ação! Ação que nunca julga se é justo ou injusto pagar, com a própria vida se preciso for, para que outros vivam. Por isso o amor é permeado pela dor e a incompreensão. Que razão, por mais arguta que seja, consegue compreender o amor?
Jesus foi essa pessoa... permeado de incompreensão, de dor, de amor – e por isso da maior alegria! A alegria que nada pode arrancar, pois não depende das circunstâncias. Por seu exemplo podemos hoje dizer, crer, esperançar: a morte não é o fim, é o começo! Nada pode nos separar do seu amor!
Joaquim, de modo prático, entendeu isso... Ele apreciou mais a vida do próximo do que a sua própria, e isso num mundo onde grande parte de nós preocupa-se apenas consigo mesma e faz disso a coisa mais importante da vida. Ora, foi o próprio Jesus quem disse: “Ninguém tem maior amor do que este, de dar alguém a sua vida pelos seus amigos” (João 15.13).
“Perdemos um grande cara”, como disse o Ceará ontem nos corredores... É verdade. Mas o céu ganha também um grande cara, que orgulhou o Pai, deixando um exemplo lindo de integridade a muita gente...
Para muitos, a morte é o fim da produtividade. Eu, porém, creio que isso pode ser exatamente o contrário. Jesus também disse que “se o grão de trigo, caindo na terra, não morrer, fica ele só; mas se morrer, dá muito fruto” (João 12.24). E vejam que o significado pleno da vida e obra de Jesus só veio à tona após sua morte.
A morte não é o fim... Ela pode ser o início da fecundidade. Por isso quero viver na perspectiva de ser um semeador, para que um dia, quando o Senhor me levar, minhas sementes possam continuar florescendo e frutificando a 10, 100, 1000 nas vidas de outras pessoas... Isso muda um tanto nossa perspectiva, não é mesmo?
Henri Nouwen, um dos maiores exemplos recentes disso, foi quem disse: “Todos os homens e mulheres verdadeiramente sublimes que moldaram nossa maneira de pensar e agir produziram frutos que eles mesmos não puderam ver ou prever”.
Creio que todos aqui concordam que o Joaquim foi um desses seres humanos sublimes... Seus frutos ainda permanecerão por muito tempo nas vidas daqueles que tiveram o privilégio de conhecê-lo e de conviver com ele: família, amigos, companheiros de luta, gente que ele ajudou...
O amor é mesmo mais forte que a morte, vocês não acham?
E que Deus possa consolar e dar esperança aqueles que ficam, para seguirem suas vidas longe da mediocridade, marcados pelo exemplo de luta, coragem e altruísmo deixado pelo nosso amado companheiro Joaquim!
Fraternalmente,
Jonathan
Jonathan
2 comentários:
Jon
Muito legal sua reflexão, lamentei não estar presente.
Valeu bichão.
PC
Fala mano, quero te dizer que este texto abençoou a minha vida nesse momento!
Palavras inspirativas...somos semente! Lembro de vários mártires, que como se diz, foram semente para o evangelho. Temos que aprender a ser semente...
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