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Ele começa com uma conclamação brilhante: “Abra os olhos e verás a Deus chorando”. E uma de suas frases finais é também bastante provocativa, como todo o livro o é: “A posição dos indiferentes, não posso nem quero compreendê-la. Eles serão os vomitados de Deus” (p. 207). Nunca consegui imaginar Deus como um ser indiferente, como a teologia tomista a muitos de nós fizera pensar, apontando-nos a imagem de Deus como o “Primeiro motor imóvel imutável”.
Essa imagem não condiz com o Deus que se compadece e chora ao ver a realidade em que tantas vezes o ser humano se encontrou e se encontra: “Certamente, vi a aflição do meu povo que está no Egito, e ouvi o seu clamor... Conheço-lhe o sofrimento” (Êx 3.3). Ora, esse não é o mesmo Deus que em Cristo chorou, se compadeceu, sofreu até a morte, como também se alegrou e compartilhou sua vida com seus consangüíneos humanos? Cristo certamente foi o ser que de modo mais excelente nos mostrou o valor divino que há no humano.
Jonathan
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