Eis algumas perguntinhas despretensiosas que esse texto – “Como sabotamos a
nossa vida sem perceber” (ver aqui) - me induziu a fazer a
mim mesmo (e para além do que ele diz):
- O que ou quem define minha vida?
- O que sobra de mim,
para além da imagem (pública) que construo diariamente?
- O que sobraria dessa imagem pública caso mais pessoas, além de mim mesmo, soubessem um pouco mais sobre quem realmente sou?
- E quem realmente sou? Quem sabe quem é "realmente"?
- Quem são as pessoas que de fato gostam de mim, pelo que sou?
- O quanto de integridade estou disposto a abrir mão para que mais pessoas "gostem" de mim?
- De quantas curtidas eu preciso para me tornar "alguém"?
- Qual é a história mais importante: a que eu escrevo, a que os outros escrevem sobre mim, ou a que eu e os outros inventamos sobre um "eu" que na verdade inexiste, exceto como emulação ou fantasmagoria?
- Vivo eu, sobre-vivo, sub-vivo ou, como diria Paulo, é o Cristo que em mim vive? Afinal de contas, o que significa "viver"?
- E se não vivo "realmente", o que tem me privado de viver?
- O que sobraria dessa imagem pública caso mais pessoas, além de mim mesmo, soubessem um pouco mais sobre quem realmente sou?
- E quem realmente sou? Quem sabe quem é "realmente"?
- Quem são as pessoas que de fato gostam de mim, pelo que sou?
- O quanto de integridade estou disposto a abrir mão para que mais pessoas "gostem" de mim?
- De quantas curtidas eu preciso para me tornar "alguém"?
- Qual é a história mais importante: a que eu escrevo, a que os outros escrevem sobre mim, ou a que eu e os outros inventamos sobre um "eu" que na verdade inexiste, exceto como emulação ou fantasmagoria?
- Vivo eu, sobre-vivo, sub-vivo ou, como diria Paulo, é o Cristo que em mim vive? Afinal de contas, o que significa "viver"?
- E se não vivo "realmente", o que tem me privado de viver?
Não tenho respostas a dar a maioria dessas perguntas, e não
estou preocupado com isso. Tento, como diz Rilke em suas Cartas a um jovem
poeta, “ter amor pelas próprias perguntas, como quartos fechados e e como
livros escritos em uma língua estrangeira”, procurando não investigar “as
respostas que não lhe podem ser dadas, porque não poderia vivê-las”. Vivo
agora as perguntas! (p. 43)
Não faço isso por preguiça, mas por zelo e amor pela vida, tão
rica e complexa para ser encerrada em conceitos. Porque a vida, companheiros/as
de rede, é como um enigma fascinante (se não posso definir, o negócio é
comparar). Tão fascinante (e única) que não posso continuar vivendo sem parar
para refletir no modo; tão enigmática que não é possível desvendá-la por
inteiro; e tão breve que não vale a pena se paralisar pela possibilidade de
perdê-la. Afinal, como disse o Mestre dos mestres e Senhor dos senhores, quem
perde a vida, a acha. Quão libertadora não pode ser a ideia de ganhar aprendendo
a perder aqui e ali? Eis um paradoxo da vida: a vitória nem sempre é parceira do
ganho; e perder-se pode ser a melhor maneira de se achar.
Jonathan