“Em vez disso, corra a retidão como um rio, a justiça como um ribeiro perene!” (Amós 5.24).
Através dos profetas, Deus anunciou justiça, paz, retidão, necessidade de arrependimento e misericórdia. Irou-se contra as instituições dos homens, que serviam como forma de “adorá-lo” e servi-lo na casca, e mascarar a opressão que reinava entre os do povo, inclusive “religiosos”.
Nesse texto de Amós, capítulo 5, Deus está abominando a religião de Israel. Como se estivesse dizendo: esse Deus a quem vocês dizem estar tão próximos, definitivamente não sou eu. Vocês acham com sacrifícios e com uma exterioridade pia, vocês podem “me conquistar”. “Banana pra vocês”. Vocês não podem me conquistar com elogios e adornos. Eu tenho nojo disso.
Isso mesmo, nojo. Nojo, porque eu sei que isso não vem do coração. Nojo, porque é impossível servir a dois senhores ao mesmo tempo; afinal, “foi a mim que vocês trouxeram sacrifícios e ofertas durante os quarenta anos no deserto, ó nação de Israel? Não! Vocês carregaram o seu rei Sicute, e Quium, imagens dos deuses astrais, que vocês fizeram para si mesmos” (v. 25-26).
Nojo, porque não dá pra dizer que anda próximo de mim quando se despreza e se oprime o próximo, seu irmão, o pobre, o órfão e a viúva que andam perto de você, e sobre quem você usa e abusa do poder de expropriação em sua causa própria. Ah, se você soubesse como eu detesto a sua religião, você nunca me chamaria de “Seu Deus”, porque no coração de vocês definitivamente eu não sou. “Pois eu sei quantas são as suas transgressões e quão grandes são os seus pecados. Vocês oprimem o justo, recebem suborno e impedem que se faça justiça ao pobre nos tribunais. Por isso o prudente se cala em tais situações, pois é tempo de desgraças. Busquem o bem, não o mal, para que tenham vida. Então o SENHOR, o Deus dos Exércitos, estará com vocês, conforme vocês afirmam” (v. 12-14).
Quem diz que ama a Deus, odeia o mal e não o pratica. Quem odeia o mal, faz o bem em contrapartida, como fruto da sua relação de vida com Deus, que se estende por tabela aqueles e aquelas a quem chamamos “próximo”. O “próximo” não é apenas aquele que está “perto”, mas é “aquele com quem eu me comprometo” (Segundo Galilea). Então, saibam: eu não quero o sacrifício de vocês, pois sacrifício sem misericórdia é abominação aos meus olhos. Eu trocaria tudo isso por uma coisa muito simples: “Em vez disso, corra a retidão como um rio, a justiça como um ribeiro perene!” (v. 24).
Jonathan