Esse semanal será o mais curto de todos. Só escrevo para dizer que essa simples confissão de fé me arrebatou mais uma vez essa última semana. E tudo simplesmente porque parei para pensar como Deus tem sido bom comigo nesse último ano. Quantas portas ele tem aberto sem que eu mesmo peça e nem imagine, ou mesmo quantos presentes Ele me deu sem que eu mesmo pedisse. A frase de Simone Weil me “caiu como luva”: Não recebemos os grandes presentes da vida correndo atrás deles, mas esperando por eles.domingo, 26 de outubro de 2008
Semanal de Amsterdam (VIII): Deus é bom em todo o tempo!
Esse semanal será o mais curto de todos. Só escrevo para dizer que essa simples confissão de fé me arrebatou mais uma vez essa última semana. E tudo simplesmente porque parei para pensar como Deus tem sido bom comigo nesse último ano. Quantas portas ele tem aberto sem que eu mesmo peça e nem imagine, ou mesmo quantos presentes Ele me deu sem que eu mesmo pedisse. A frase de Simone Weil me “caiu como luva”: Não recebemos os grandes presentes da vida correndo atrás deles, mas esperando por eles.quinta-feira, 23 de outubro de 2008
Adestramento evangélico
Você tem certeza de sua salvação? Bem, se você é evangélico e não tem, então é melhor começar a ter, pois na igreja evangélica brasileira, em geral, quem não tem esse tipo de “certeza” está fadado a ter sérios problemas. O primeiro problema é ser aceito como membro de uma igreja. Em muitas delas, para estar apto a se tornar membro, a pessoa tem de se sujeitar a uma bateria de “exames” de admissão, sendo que em algumas, isso começa com o que agora chamam de “Encontro com Deus”, que consiste em alguns dias de refúgio para ter um encontro mais do que especial com o Divino – e, é claro, para isso é preciso se apartar da convivência com os outros! – o que em muitos casos implica em conversão, outros em re-conversão (ou re-batismo). Isso mesmo, independente dos anteriores encontros que supostamente a pessoa tenha tido com Deus, para se tornar membro da Igreja X ela precisa passar pelo crivo da “verdadeira conversão” a Jesus, na visão daquela comunidade. Mas é claro que ninguém colocaria isso assim dessa forma. Há outras formas mais politicamente corretas de se colocar, tipo (o mais comum): “É um processo que a pessoa passa para se integrar à visão da nossa igreja”.Jonathan
(No trem, de Groningen à caminho de Amsterdam)
domingo, 19 de outubro de 2008
Semanal de Amsterdam (VII): Sementes de esperança
Os leitores desse blog certamente sabem de minha grande apreciação pela vida e obra de Henri Nouwen. Senão, basta reler alguns posts antigos para perceber o quão fundamental em minha caminhada foi e tem sido os escritos e o exemplo desse padre holandês. Pois bem, por estar morando em sua pátria de origem, não poderia deixar de procurar vestígios aqui sobre ele. Encontrei seu irmão, Laurent Nouwen, que foi muito simpático e me convidou para uma palestra que aconteceu em Utrecht, cidade próxima a Amsterdam, no dia de ontem, como continuidade a um série de palestras que a Henri Nouwen Society aqui na Holanda tem promovido. O tema, obviamente, foi espiritualidade, e a convidada da vez, para minha surpresa, foi uma brasileira, a teóloga Ivone Gebara, que trabalha com os pobres dos pobres em Recife há muitos anos. Apesar de suas dificuldades com o inglês, Ivone foi muito feliz em sua palestra, e bastante insistente em dizer repetidas vezes que espiritualidade não é somente isso ou aquilo; é isso, aquilo e muito mais (ela usou muito a expressão “more than that”).sábado, 18 de outubro de 2008
Honesto com Deus
Rob Bell é um pastor norte-americano, líder da Mars Hill Church. Um controverso e ao mesmo tempo muito bem aceito comunicador da Palavra nos dias de hoje entre os norte-americanos, por sua versatilidade metafórica e criatividade com a qual fala sobre Deus e sobre o ser humano. Também porque a maioria de suas mensagens têm uma veia existencialista, e que procura atingir não apenas o intelecto, mas também o coração das pessoas. Foi uma grata descoberta pra mim nos últimos tempos, em meio a tanta baboseira que leio e escuto quando o assunto é fé, especialmente entre os evangélicos.
Nessa mensagem ele toca num dos temas para mim muito caros que é o da honestidade. Fala sobre ser honesto com Deus e sobre a oração como a própria vida. Honestidade, nesse sentido, é a irmã-gêmea da lucidez e de uma vida com Deus e com as pessoas mais saudável e livre. Gostei demais de uma das partes do vídeo, quando ele fala que Deus pode lidar com nossas confissões mais honestas, por isso não precisamos temer falar qualquer coisa pra Ele com medo de que "Ele possa não aguentar".
Já escrevi demais, como sempre. Assistam, vale a pena.
Até mais!
Jonathan
domingo, 12 de outubro de 2008
Semanal de Amsterdam (VI): Os leitores ordinários
Foto: "Púlpito" (Igreja San Nicolás, Amsterdam)
sexta-feira, 10 de outubro de 2008
João 4: Interpretações espontâneas (II)
Essa foi a forma como meu grupo contou a história de João 4: através de um poema que escrevi. Não tenho muita vocação para poemas, muito menos em inglês, e nem sei se isso pode ser visto como um poema - os poetas que me perdoem. Entretanto, até que a turma gostou... Compartilho com vocês abaixo!2.
So the thirsty man went to the fountain, desiring to find some water. A woman also appears, and what more can be expected of this encounter? He, the strange, starts a conversation showing his vulnerability. And what an awkward request, she realizes: what made him thinks that this would be my responsibility?
3.
Oh, there was much more than thirsty behind that first demand. He asked for the natural first, to offer the supernatural then. The matter was not just supply a necessity, not even it’s quarter. That request was more to say that in the very deep heart of the life matters, exists a everlasting and living water
4.
She was a bit confused, and he asked to her: call your husband! And then came on a striking revelation: there were five husbands before, and she was living with another man in an other situation. Something started to seem quite special in that strange person in front of her. He was more than a simple man; who knows if he was not a prophet then?
5.
A prophet, here? I have to make this worthwhile now, she reflected. What does can be more unexpected? A religious theme was picked up, and then a question was born. Which is the right way to worship: in our traditional mountain or in the temple of the Lord?
Another revelation arose: in worship there is no right place or wrong! No matter, who you are, or the people that you are belong. God is Spirit, Truth, Life! In Him we can be one and be together, and that’s all that really matters.
6.
Living water, worshiping in Spirit and Truth. All that conversation remained the Messiah, the God’s Chooser One who was supposed to come. If this was really truth, if is really him The One, she thought, now I know that we are not more alone. What might to say? What more to be expected? The city crowd now knows, through the myriads of her expressed feelings and doubts, what the Jesus’ Gospel wanted to show.
7.
The God’s Words never comes back empty and are never lost! There are no boundaries, no even one, which the Gospel cannot cross!
João 4: Interpretações espontâneas (I)
Vídeo produzido por um dos grupos de estudantes em nossa apresentação final da classe "Intercultural Bible Reading and hermeneutics", ministrada pelo prof Hans de Wit, na Vrije Universiteit Amsterdam. Gostei demais!!!
Jonathan
domingo, 5 de outubro de 2008
Semanal de Amsterdam (V): relances e espaços de liberdade
“Now the Lord is the Spirit, and where the Spirit of the Lord is, there is freedom” (2 Corinthians 3.17). Não é estranho a ninguém que relativamente acompanhe aquilo que escrevo ver mais uma reflexão sobre a liberdade e suas múltiplas facetas. Todavia, quero que vocês estejam certos (as) de que nessa semana não fui eu quem foi atrás desse tema, mas ele é que outra vez “caiu no meu colo”. E tudo aconteceu na última sexta-feira (03), na aula “Text and Context” ministrada pelo Prof. Hans de Wit. Foi um dia especial, pois recebemos um grupo de professores e estudantes de teologia de Cuba, na intenção de que eles compartilhassem um pouco de seu contexto e o que significa fazer teologia lá, ao mesmo tempo em que pudéssemos responsivamente aos relatos levantar um debate, com perguntas e também comentários referentes ao contexto dos alunos do “Bridging Gaps”.
