(*) Para melhor entender a razão de ser desse post, leia os comentários ao post anterior.
Caro Anônimo,
Veja que, como sou tão soberbo, estou me dignando a escrever um post só para responder às críticas de alguém que tem nome e rosto, mas prefere não os revelar. Sinceramente falando, não sei como você consegue avaliar o “tom” de alguém, sem conhecê-lo nem estar ao lado dele para ver suas expressões, atitude, comportamentos. Realmente vejo que não me conhece, exceto pelas idéias, e lamento que sua avaliação ultrapasse um pouco o “campo das idéias”, embora tenha desejado não fazê-lo – pelo jeito, “o tiro saiu pela culatra”.
Concordo que pode “parecer soberba” o que fiz com as frases que leio nos trabalhos a mim dirigidos, mas você deve concordar que, nem tudo que parece, é (desculpe o clichê). É como a velha história de quando alguém qualifica outra como arrogante, soberba ou qualquer outra coisa apenas pela avaliação superficial de sua postura, aparência, personalidade ou maneira de ser. Muitas vezes, mais tarde, tem de se render ao fato de que a conhecia muito pouco, de que mudou sua impressão, ou de que a manteve – é possível isso também, desde que tendo outras “vias de acesso” à pessoa, num prazo suficiente para poder avaliar (e ser avaliado).
Entendo que a humildade está além dessas coisas; mas não pretendo dizer que sou humilde (embora persiga a humildade), pois se o fizesse, deixaria de ser, no mesmo momento, o que pretendo, e estaria mais perto do contrário – orgulho. São jogos que a gente faz nessa escola paradoxal que é a vida, em especial, a vida cristã. A humildade, por sua vez, é um ideal que devemos perseguir, na força que Deus supre, e não algo do que se gabar, nem tampouco se tornar paladino e ficar procurando e julgando quem é, e quem não é. Deixa isso pra Deus, certo?
A vida de quem escreve o que pensa e fala publicamente – desejando comunicar algo de relevante a outras pessoas – e não na posição resignada e simplista do anonimato, é assim: a gente expõe o que pensa, os ideais que defende, e tenta viver... Nem sempre consegue. E, por isso, está sempre sujeito a ter de corrigir a rota. Nunca escondi em meus textos que sou apenas humano, que crê e tenta viver a partir dos padrões do Reino. Deus conhece meu coração, e quem me conhece sabe, pelo menos um pouco além da aparência.
É realmente difícil tentar dialogar com alguém que presume que o que duas pessoas com nome e rosto poderiam fazer diante de uma discordância mútua seria efetuar “ataques pessoais”. Tenho tentado exercitar nesse blog a arte de separar, por mais difícil que seja, o campo pessoal (especialmente de pessoas que não conheço, mas lido à distância) do campo das idéias. Tento levar a sério a máxima de Voltaire: “As tuas idéias me são odiosas, mas eu morreria pelo direito que você tem de dizê-las”. É uma pena que você não tenha nos dado a chance de arriscar fazer esse exercício de forma transparente e madura, na presente oportunidade. Estou tentando respeitar sua decisão (já que o blogger oferece essa possibilidade de “anonimato”), embora discorde plenamente e não escondo isso.
Enfim, resolvi apagar as frases que coloquei no twitter, para evitar maiores polêmicas, e porque na ocasião fui ingênuo o suficiente para não pensar na possibilidade de estar expondo desnecessariamente algumas pessoas (embora sem citar nomes) e que elas pudessem não gostar da “brincadeira pedagógica”, que, para mim, é o que foi e não passa disso. E o que passar, é proveniente de leituras outras das quais não partilho. Finalmente, o fórum continua aberto, meu Caro Anônimo, caso deseje sair do anonimato e mostrar que é possível conversar e discordar de “cara limpa” (especialmente como cristãos), sem agressões ou coisas do tipo, apesar das divergências. Até porque, conversa sem divergências tende a ser algo meio chato e pouco construtivo – pelo menos pra mim. Então, pelo menos de uma coisa você está livre: não vou te achar "chato".
Atenciosamente,
Jonathan
Olha! Tenho um tópico só pra mim..
ResponderExcluirAssim vc massageia meu ego e acaba com minha humildade.. hehe..
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Assim como critiquei, vou reconhecer que foste humilde o bastante para fazer o que fez em resposta aos meus comentários.. Espero que não desqualifique o elogio só porque vem de um anônimo..
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Quanto a te conhecer ou não, conheço um pouco de suas idéias pelo que li aqui.. Não acho que seja necessário eu estar aí do seu lado para saber algo sobre você. Não preciso ver se vc franziu a testa, deu risada ou mandou um "putz" ao ler ou escrever determinada palavra. A própria Bíblia é um exemplo disso, afinal, conhecemos muito bem personagens da dela pelo que e pelo modo como escreveram..
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Eu só apontei a falta coerência (segundo o meu ponto de vista) nos comentários do outro post. Não quis julgá-lo. Se o fiz, desculpe-me. Como bem disseste, essa tarefa cabe a Ele
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Chega desse assunto que já tá ficando chato..
Outra hora eu volto pra discutirmos mais um pouco..
Caro Anônimo
Não se "gabe tanto", o tópico é pra mim também, hehehe...
ResponderExcluirVolte sempre que quiser. Embora eu não me agrade e nem concorde com a idéia de anonimato, no que diz respeito ao diálogo e debate de idéias, você pode voltar quanto quiser... Quem sabe, da próxima vez, menos "inibido(a)".
Jonathan