Prezado Sidney,
Obrigado pela cooperação, especialmente no sentido de encontrar os pontos de convergência entre Jonathan e eu.
Creio que o Jonathan atacou, primariamente, a concepção teológica de Piper, mas para isso precisou recorrer à sua própria concepção acerca da oração. Logo, não vejo que houve fuga do post original ao iniciarmos uma conversa sobre a natureza desta prática tão bem-aventurada.
Temos que fazer justiça à teologia do reino do norte. Para ela, tempo de oração não é uma questão de imposição divina, mas um meio de produção. Sem dúvida, a frase de Piper denuncia essa percepção. O protestantismo euro-americano, apegado ao trabalho (como bem delineou Weber), sequestrou a oração da contemplatividade mística medieval e lhe deu um caráter laborativo. Orar é produzir e, portanto, neste sentido, “tempo é dinheiro”. É claro que o lucro advindo de tal labor se traduz nas almas convertidas ao Evangelho, no crescimento da Igreja, nos avivamentos periódicos e no estabelecimento do Reino de Deus. Destaco que em nada isso é negativo, mas não faz jus à riqueza da oração, no sentido bíblico do termo.
Outro fator a se considerar é que a oração – especialmente nas teologias holiness, mas também nas reformadas – é entendida como meio de purificação da alma e do corpo. Esta percepção está presente na ascese mística medieval, mas nesta era consciente, ativa e intencional. O modo de pensar de alguns protestantes pragmáticos anglo-americanos é diferente: esta purificação acontece de forma quase passiva e inconsciente – uma espécie de transformação osmótica ou radioativa. Assim, quanto mais tempo expostos à presença divina, maior a purificação – ainda que isso seja feito em meio a devaneios da mente, exaustão física ou tédio. Novamente, tempo é importante, de acordo com essa teologia.
O equívoco aqui, entre outros, é situar Deus em um momento ou local, não o reconhecendo em toda a vida. Além disso, a compreensão que se tem de purificação não passa pelos processos dinâmicos da experimentação, retração, reconhecimento, tentativa, sofrimento, êxito, etc. É um processo que não passa pela filtragem da vida – algo dinâmico, fluido e forçado –, mas pela decantação. Ora, sabemos que água decantada “parece” limpa, até que seja agitada novamente.
Portanto, a prática da oração não deve desprezar os aspectos positivos dos sentidos laborativo e contemplativo, mas deve ser encarada, também, como um processo contínuo, não contingencial, auto-reflexivo, terapêutico, solidário e dialogal.
Espero ter jogado um pouco mais de pimenta neste molho.
Vanderlei Frari
Não vos embriagueis com o vinho, mas enchei-vos do Espírito. Impressionante...tem gente preocupada em criticar um grande servo de Deus, sobre o que ele falou sobre a oração. Andar com Deus não é escrever bem, ou usar um bom portugues, mas desfrutar de seu doce presença. Parem com essa fisolosofia ou teologia barata e vão aprender a orar. Entrem nos seus quartos fechem as portas ou as bocas e vejam se voces conseguem se esvaziar diante de Deus. Então como o proprio Cristo falou, voces receberão suas recompensas, em vez de ficar tocando trombeta a fim de serem vistos pelos homens.
ResponderExcluirDaniel P. Carneiro
siloelife@gmail.com
Não vos embriagueis com o vinho, mas enchei-vos do Espírito. Impressionante...tem gente preocupada em criticar um grande servo de Deus, sobre o que ele falou sobre a oração. Andar com Deus não é escrever bem, ou usar um bom portugues, mas desfrutar de seu doce presença. Parem com essa fisolosofia ou teologia barata e vão aprender a orar. Entrem nos seus quartos fechem as portas ou as bocas e vejam se voces conseguem se esvaziar diante de Deus. Então como o proprio Cristo falou, voces receberão suas recompensas, em vez de ficar tocando trombeta a fim de serem vistos pelos homens.
ResponderExcluirDaniel P. Carneiro
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Não vos embriagueis com o vinho, mas enchei-vos do Espírito. Impressionante...tem gente preocupada em criticar um grande servo de Deus, sobre o que ele falou sobre a oração. Andar com Deus não é escrever bem, ou usar um bom portugues, mas desfrutar de seu doce presença. Parem com essa fisolosofia ou teologia barata e vão aprender a orar. Entrem nos seus quartos fechem as portas ou as bocas e vejam se voces conseguem se esvaziar diante de Deus. Então como o proprio Cristo falou, voces receberão suas recompensas, em vez de ficar tocando trombeta a fim de serem vistos pelos homens.
ResponderExcluirDaniel P. Carneiro
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