No dia 27 de julho de 2011 faleceu John Stott, um dos teólogos mais prolíficos que esta geração conheceu. Sempre considerei Stott muito mais que um teólogo que li e gostei, como tantos. Para mim ele foi um exemplo de que é possível exercer o papel de (re)conciliador em um mundo (bélico) de diferentes e diferenças. Stott foi capaz de “sentar à mesa” e dialogar com pessoas de tradições e visões de mundo tão distintas da dele sem perder o foco da conversa, o respeito e nem ter de negociar suas convicções. Neste sentido, considerando aquilo que tenho visto, mesmo no pluriverso do século 21 em que vivemos, penso que é válido correr o risco de ser “clichê” e dizer que ele foi um homem que esteve além de seu tempo.
Impossível esquecer o papel conciliador fundamental por ele exercido no Primeiro Congresso de Evangelização Mundial em Lausanne, 1974. Sem sua intercessão, talvez, não teríamos a possibilidade de ter em mãos hoje um “documento-pacto” tão coeso e diferente ao mesmo tempo, que influenciou toda uma geração de líderes cristãos por quase meio século.
É possível discordar de aspectos de seu pensamento teológico? Sem dúvida. John Stott foi um homem-teólogo e não um beato intocável. Mas, por ter sido um pacificador e aglutinador como poucos são, é improvável que alguém se levante para dizer qualquer coisa que o desqualifique como ser humano e ministro do evangelho. Até breve, velho mestre!
Jonathan
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