Imagine...
1.
Que tudo o que você conhece, viu e crê até hoje; que toda a forma da criação, as belezas naturais, as belezas artificiais; que o ser humano, seus valores, convicções, relacionamentos, amores, paixões, ódios, sonhos, desejos; que o mundo, sua multiplicidade de cores, de raças, de culturas, de geografias, de histórias; que o universo, em sua imensidão, grande parte senão a maioria dela desconhecida; com toda a compreensão possível e com todo o mistério insondável, tivesse vindo do nada... Eu pergunto: você acreditaria nesse universo?
2.
Agora, pense que tudo isso e toda a complexidade dizível e indizível, tivesse mesmo sido criada por Deus. E que você, como parte disso tudo, ainda que como um “grão de areia no olho de um furacão”, tivesse sido criado de uma forma especial, única, com uma vida que só poderia ser vivida por você e por mais ninguém, com as escolhas por você feitas, com a família e o contexto em que você nasceu (afinal, nem tudo é sua escolha, certo?), e tudo o que a partir de você passa a ser gerado: outras vidas, família, um universo todo ele constituído, que tem a ver com o todo, mas que tem a ver também com você, suas habilidades, inabilidades, qualidades e defeitos...
3.
E você tem um chamado, dado especialmente pelo Criador, para realizar coisas muito boas em prol da criação dele, e do projeto que ele tem para essa criação. Você então descobre que pode, sim, até ser “apenas uma parte”, mas uma parte que tem uma importância especial em toda essa engrenagem. Deus escolheu te criar e te amar especialmente, e te vocacionar para uma missão muito peculiar Dele.
4.
Pois bem. Agora pense tudo isso na perspectiva de que um dia haverá um fim. E de que este fim, como creram muitos de nossos antepassados, está muito próximo, cada vez mais, não sabemos quando, nem como, mas esse fim virá. E conforme a tradição que recebemos, esse fim será “apocalíptico”, estrondoso; Deus virá com seus anjos e todo o seu esplendor e colocará fim em tudo isso, afinal, tudo está definitivamente corrompido, desde a queda, depravado, como crêem os “ultracalvinistas” ou os profetas do destino pré-determinado de plantão. Esse fim é iminente; nada poderá detê-lo; aliás, tudo o que o ser humano efetivamente constrói aqui contribui apenas para apressar a urgência dessa hecatombe celestial.
(Continua...)
Jonathan
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