quarta-feira, 24 de dezembro de 2008

Neste natal, você precisa engravidar!

Maria... achou-se grávida pelo Espírito Santo” (Mateus 1.18).
Sob certo ponto de vista, o natal é uma festa religiosa como qualquer outra, onde se comemora o advento, a vinda do “menino Deus”. Mas por que celebrar a vinda de Deus se, durante todo o ano, tocamos nossas vidas como se ele não existisse? O que, de fato, as pessoas estão celebrando? Celebração por celebração existem tantas outras – aniversário, dia das mães, dos pais, das crianças, das mulheres, etc. Assim, o que faz – ou deveria fazer – do natal uma celebração tão especial?
Para mim, o natal traz uma notícia especial: a de que, queiramos ou não, acreditemos ou não, não estamos sozinhos nesse mundo. Foi-nos enviado o Emanuel, que significa “Deus conosco”. O barco da história não está à deriva. Deus está nele com a gente. A salvação está hoje-já-aqui-presente. Deus, como diz uma canção, “não vive longe lá no céu sem se importar comigo”. Ele se encarnou para viver em e com a humanidade.
Nesse sentido, chama-me a atenção a metáfora utilizada por William P. Young, autor do livro “A Cabana”, de que, em Jesus, vemos um Deus que, ao contemplar a desgraça da humanidade e o caos no mundo, arregaçou as mangas e se meteu “no meio da bagunça”. Foi Jesus mesmo quem disse: “O reino está entre vocês”. Não de maneira estrondosa, como os grandes e pomposos reinados humanos, mas silenciosa e revolucionária. As visibilidades e sinais do reino são pessoas que levam a sério o chamado de Jesus e encharcam suas vidas e a de outras pessoas com amor, paz, justiça, solidariedade, equidade, liberdade, compaixão, enfim, a lista é grande.
Então, por que ainda persiste esse sentimento todo fim de ano de que a mensagem do natal “cai no vazio”? Vazio que tem sua maior expressão quem sabe no consumismo, um dos deuses deste século. Porque, em muitas pessoas, mesmo as mais religiosas, Jesus ainda não nasceu. Pode ter nascido na história, mas ainda não no ser das pessoas. E o que é preciso acontecer antes do nascimento? Todos sabem que é a gravidez. Maria foi engravidada pelo Espírito de Deus. Tem gente que ainda conta a história da cegonha para seus filhos, e acho que, para muita gente de religião, “Jesus” veio pela cegonha, ou seja, não nasceu de fato, foi encomendado, é um “Cristo genérico”, parafraseando Eugene Peterson, ou um Jesus “Genésio”.
Para que Jesus nasça em nós e para que o natal tenha sentido, precisamos nos deixar ser engravidados pelo Espírito. Somente ele pode nos engravidar de Jesus, do Deus conosco operando em nós aqui e agora. O sacerdote (padre, pastor, xamã, guru, pai de santo, etc.) não é capaz, nem a religião, nem as boas obras, nenhuma criatura, nenhum rito, culto, sacrifício, nada. Por isso, deixe o Espírito te engravidar da vida plena: de liberdade, de sonhos, de projetos de vida que sejam um convite para que o “Deus conosco” esteja em todos eles, no próximo ano e para o resto de sua vida.
Pense nisso, e abra de uma vez por todas sua vida para que o Espírito de Deus te engravide de Jesus! Grande beijo e um feliz natal!
Jonathan

3 comentários:

  1. Parabéns pelo texto. Feliz Emanuel!
    Vanderlei Frari

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  2. Dizer "Feliz Natal" hoje é convidar pessoas a engravidarem de Cristo!
    Ganhei A Cabana hoje(graças ao consumismo!hehehe!). Amanhã começo a ler...

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  3. A Cabana é um livro fascinante, tenho indicado pra muita gente...
    Abraços"!

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