domingo, 31 de agosto de 2008

100... Jesus, não dá!

Gostaria de fazer desse centésimo post uma comemoração. Primeiramente dou graças a Deus por essa magnífica dádiva que é a de escrever. É uma comemoração porque Deus usa, muitas vezes, formas muito limitadas aos nossos olhos para abençoar a nós mesmos, e até mesmo para abençoar o outro. Esse blog tem sido canal de benção pra minha vida, porque aqui posso publicar sem censuras meus pensamentos, e sem medo de ser julgado, embora não possa dizer com toda segurança que não queira agradar a ninguém com aquilo que escrevo. É óbvio que desejo. Mas essa é uma forma um pouco mais livre de exercer a arte de escrever, sem editores e editoras te jugulando o tempo todo, sem agendas pra cumprir, sem convenções a respeitar. A única convenção aqui respeitada é a convenção da liberdade. Mas tem sido um canal de benção também a algumas pessoas, que têm me escrito, e outras quem sabe, anônimas, mas que de alguma forma por aqui passaram e de alguma forma foram impactadas.

Mas também desejo que esse post seja uma confissão de fé. Sou crente no Senhor Jesus Cristo, e posso dizer, como Caio Fábio disse certa vez no título de um de seus muitos livros, que seguir a Jesus é o mais fascinante projeto de vida. Fascinante porque é um projeto de Deus pra cada um de nós. E os projetos de Deus são fascinantes, porque são tão imprevisíveis quanto Jesus o era. Jesus não tinha uma respostinha pronta pra tudo. A resposta surgia na sabedoria do minuto, do vivido, da experiência, do contexto, da pessoa. O projeto de Jesus era viver intensamente sua opção ideológica. E a ideologia de Jesus era a ideologia de Deus: a reconciliação total do ser humano e da criação consigo mesmo, o que significa optar pela vida, com todas as implicações que isso requer. Ele optou pela vida entregando-se a morte. Paradoxal? Com certeza. Mas a vida, com os sabores e dissabores que lhe são inerentes, não é um paradoxo? E Deus, não poderia ser visto como Aquele que habita e intervém no meio desses paradoxos todos? Que muitos não concordem, aceitem ou creiam no jeito divino de resolver as coisas, isso é possível. O que não é possível é ficar indiferente a tão magnífica e incomparável prova de amor. É por isso que essa confissão de fé é incompatível com a religião, pois a religião é o refúgio dos indiferentes, dos cínicos, daqueles de aparência angelical, mas de interior corrompido.

Minha confissão é muitos simples, pois parte do simples reconhecimento de que sem Jesus, não dá. É uma confissão como a de Pedro: Senhor, para quem iremos? Tu tens as palavras de vida eterna; ou a partir das palavras do próprio Jesus: Eu sou a videira; vocês são os ramos. Se alguém permanecer em mim e eu nele, esse dará muito fruto; pois sem mim vocês não podem fazer coisa alguma. Alguns confiam em carros, outros em dinheiro, poder, posição, conforto, segurança, em si mesmos, etc. Você pode confiar no que você quiser ou não confiar em nada. Nem a confiança relativa, nem a desconfiança são algo para Deus. Porque a fé é dom. Podemos acreditar ou não acreditar. Mas o crédito de quem acredita em Jesus, vive por ele e para ele, deve ser dado a Deus, que nos deu a dádiva da vida eterna, se Nele crermos e pela graça dele vivermos. A Ele seja a glória!

Jonathan
Ilustração: Cristo, de Rembrant

Um comentário:

  1. É! Sem Ele não dá mesmo! Grande abraço meu amigo. Fica com Deus, inté


    Walter H. Diesel

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