“É melhor arriscar-se a provocar um escândalo do que calar a verdade”. (São Gregório, o Grande).
A corrupção é uma das moléstias radicadas que mais afetam a humanidade atualmente. É um mal histórico, inerente à atividade humana nesse mundo. Lamentavelmente, a corrupção está infiltrada nos diversos âmbitos da sociedade: privado, estatal, acadêmico, econômico, cultural, artístico e, para nossa vergonha, também no meio eclesiástico. Ora, se até mesmo a igreja– a qual deveria ser o agente, por vocação, da esperança crística para o mundo – se envolve em esquemas de corrupção, a tendência, com efeito, é que as pessoas a repudiem, e com ela também os valores mais fundamentais de sua pregação (mas nem sempre), a saber, a justiça, o amor, a fé e a esperança.
Vivemos num mundo que nos impulsiona a depositar nossas esperanças no aqui e agora. Assim, ter esperança significa “manter-se vivo em meio ao desespero”, parafraseando Henri Nouwen. Como Paulo, defendo que “se a nossa esperança em Cristo se limita apenas a essa vida, somos os mais infelizes de todos os homens” (1Co. 15:19). Mas se, por hora, essa é a única vida que temos, como se desvencilhar de um quadro fatídico como o que vivenciamos?
Não há respostas nem soluções fáceis à erradicação desse mal, visto que ele é virulento e brota das mentes ambiciosas dos seres humanos. Está muito mais “dentro” de cada um do que “fora”, por assim dizer. De modo que a proposta bíblica para se vencer a corrupção parte sempre de uma premissa ontológica: diz respeito ao “ser” uma nova pessoa pela graça de Deus. Por essa graça, Deus abre um novo caminho, não para a divinização do eu, como supõem os universalistas, mas para a libertação do ego, isto é, desse “eu-centrismo” que gera os pecados da existência. Pela graça, o eu não é recusado, mas é liberto da escravidão dos impulsos adulterados que ele mesmo provoca.
No Antigo Testamento, no livro de Miquéias 6:8, está escrito: “Ele te declarou, ó homem, o que é bom e que é o que o Senhor pede de ti: que pratiques a justiça, e ames a misericórdia, e Andes humildemente com o teu Deus”. A prática da justiça continua sendo o principal antídoto contra a corrupção generalizada da raça humana. Enquanto houver pessoas que não se acomodam, não se calam, mas acreditam e lutam por justiça, viva permanecerá a centelha de esperança Divina nesse mundo. De tal maneira que a esperança não mais será “a última que morre”, mas aquela que jamais morre.
No Antigo Testamento, no livro de Miquéias 6:8, está escrito: “Ele te declarou, ó homem, o que é bom e que é o que o Senhor pede de ti: que pratiques a justiça, e ames a misericórdia, e Andes humildemente com o teu Deus”. A prática da justiça continua sendo o principal antídoto contra a corrupção generalizada da raça humana. Enquanto houver pessoas que não se acomodam, não se calam, mas acreditam e lutam por justiça, viva permanecerá a centelha de esperança Divina nesse mundo. De tal maneira que a esperança não mais será “a última que morre”, mas aquela que jamais morre.
Jonathan
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