Quero, essa semana, trazer algumas perspectivas sobre felicidade e alegria, tristeza e dor, no mundo atual...
Felicidade: atributo de quem é feliz ou “bem-aventurado”. Qual maneira uma expressão tão simples de vida pode ser tão complexa, quando em conjugação com o que constantemente a ela acrescentamos? Tantos benefícios, tantas vitórias, ganhos, riquezas, posses, cargos de alto escalão, poder, dinheiro, sucesso... Para quê? O que há de felicidade nisso? O atual “estado” das coisas nada nos pode trazer senão uma “felicidade-engano”, ou o engano de que se é feliz. Quem são os verdadeiros felizardos desta vida? Segundo Jesus, no Sermão do Monte, felizes são: os humildes de espírito, os que choram, os mansos, os que têm fome e sede de justiça, os misericordiosos, os limpos de coração, os pacificadores, os perseguidos por causa da justiça. Estes são felizes, porque sua felicidade depende de um só fator para existir: Deus.
Ora, o que mais poderiam ter os mansos e os humildes de espírito, a não ser a mansidão que vem do Espírito de Deus e a certeza da pertença ao seu reino? Que mais teriam os que choram e os pacificadores, além do consolo que vem do Pai e a prerrogativa de serem chamados seus filhos? O que poderiam almejar os misericordiosos e os que têm fome e sede de justiça, além da certeza de que, em Deus, serão fartos e alcançarão misericórdia sempiterna? Sua “felicidade” brota da certeza de que a verdadeira recompensa vem única e exclusivamente de Deus. E não há nada que possa contemplar ou substituir isso.
Ser feliz, na ótica do Reino de Deus, significa viver num paradoxo entre “tristezas alegres e alegrias lacrimejantes”. As pessoas que conhecem a alegria do Senhor, não rejeitam o sofrimento ou as tristezas, apenas escolhem não viver continuamente neles. Paulo disse: “aprendi a viver contente em toda e qualquer situação” (Fp. 4:11). Outrossim, em nosso mundo, costumeiramente dividimos as coisas: sofrimento é entendido como “ausência de alegria”, e alegria quer dizer “ausência de sofrimento”. Henri J. Nouwen afirma que tais distinções, em Deus, são inexistentes. A alegria Divina não elimina o Divino pesar. “Jesus, o filho de Deus, é o homem das dores, mas também é o homem da total alegria”.
Jonathan
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