Quanto mais o tempo passa, menos nos damos conta da quantidade de sonhos, projetos, ideais, visões, pensamentos e oportunidades que deixamos para trás, como quem joga um sapato velho fora, quem sabe por puro medo de assumir riscos, responsabilidades, por medo de errar, de frustra-se, de perder. Nem sempre adquirimos determinados hábitos por livre e consciente escolha, mas por receio de criar ou mero comodismo. O hábito de reprimir tudo aquilo que pode gerar desconforto, dor, sofrimento; o hábito da não reflexão, do não pensar ou medir conseqüências; o hábito de se conformar com o remediável diante da preguiça e a supressão da criatividade; o hábito de buscar a felicidade a qualquer preço, sem o custo do envolvimento, mas por puro individualismo.
Liberdade, nesse ínterim, deixou de ser vocação, processo, conquista, ousadia, utopia e inventividade, passando a se resumir à tirania dos desejos, propiciação autocentrada, curtição efêmera, falta de compromisso, de engajamento, de ideais ou de santa inquietação com o hoje com as vicissitudes do amanhã. A vida cristã perde sua centelha revolucionária quando deixamos de acreditar e lutar pela liberdade, uma liberdade que não tenha nada a ver com a mera satisfação imediatista de vontades, porém com a esperança de ser livre na relação com outros seres livres ou em busca dessa liberdade.
Liberdade, nesse ínterim, deixou de ser vocação, processo, conquista, ousadia, utopia e inventividade, passando a se resumir à tirania dos desejos, propiciação autocentrada, curtição efêmera, falta de compromisso, de engajamento, de ideais ou de santa inquietação com o hoje com as vicissitudes do amanhã. A vida cristã perde sua centelha revolucionária quando deixamos de acreditar e lutar pela liberdade, uma liberdade que não tenha nada a ver com a mera satisfação imediatista de vontades, porém com a esperança de ser livre na relação com outros seres livres ou em busca dessa liberdade.
Ser livre é ser grato, é viver intensamente as possibilidades do presente, é arriscar ser diferente, é dar um salto além do lugar em que se está, é não ter receio de amar apenas por repúdio ao sofrimento, é assumir-se como se é, aceitando todas as implicações da vida que se tem, bebendo de seu próprio cálice, compartilhando com o outro tanto das benesses com das mazelas da existência. Ser livre é poder ter alegria sem a necessidade de abolir tristeza, a beleza de um sorriso que se mistura com lágrimas, de uma vida que está sujeita não somente à claridade como também à tempestade, não apenas à festa como ao pranto.
Na liberdade da fé corremos riscos o tempo todo, é inevitável. A fé, na visão de José Comblin, consiste em que a pessoa se entregue à sua vocação para a liberdade. "A fé é risco porque ninguém tem a experiência daquilo que vem depois. A liberdade é o risco total. A fé é jogar-se no risco. Pascal dizia que era uma aposta. Porém trata-se de uma aposta radical, aposta pela vida contra a morte, aposta pelo caminho da vida, sem tê-la previamente experimentado". (Vocação para a liberdade, p. 47).
Na liberdade da fé corremos riscos o tempo todo, é inevitável. A fé, na visão de José Comblin, consiste em que a pessoa se entregue à sua vocação para a liberdade. "A fé é risco porque ninguém tem a experiência daquilo que vem depois. A liberdade é o risco total. A fé é jogar-se no risco. Pascal dizia que era uma aposta. Porém trata-se de uma aposta radical, aposta pela vida contra a morte, aposta pelo caminho da vida, sem tê-la previamente experimentado". (Vocação para a liberdade, p. 47).
Jonathan
Jon
ResponderExcluirAchei muito 10 a coluna dos "transgressores". Sugiro que vc coloque uma frase de cada autor, abaixo da foto, ficaria legal.
Abraço
PC
Boa sugestão, PC. Farei isso assim que sobrar um tempinho...
ResponderExcluirObrigado.