tag:blogger.com,1999:blog-3140203643759271880.post8790669530143605352..comments2023-11-17T20:17:07.994-03:00Comments on Escrever é transgredir!: Diálogo sobre a frase de John Piper (II)Jonathan Menezeshttp://www.blogger.com/profile/10312343569722214097noreply@blogger.comBlogger3125tag:blogger.com,1999:blog-3140203643759271880.post-19078940381533397772012-04-06T11:09:41.310-03:002012-04-06T11:09:41.310-03:00Excelentes comentários. Ele continua nos próximos ...Excelentes comentários. Ele continua nos próximos posts, com esta resposta do Vanderlei e mais um texto meu. Obrigado pela colaboração!<br />JonathanJonathan Menezeshttps://www.blogger.com/profile/10312343569722214097noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-3140203643759271880.post-62911395668115192232012-04-04T22:18:55.536-03:002012-04-04T22:18:55.536-03:00Prezado Sidney,
Obrigado pela cooperação, especia...Prezado Sidney,<br /><br />Obrigado pela cooperação, especialmente no sentido de encontrar os pontos de convergência entre Jonathan e eu.<br /><br />Creio que o Jonathan atacou, primariamente, a concepção teológica de Piper, mas para isso precisou recorrer à sua própria concepção acerca da oração. Logo, não vejo que houve fuga do post original ao iniciarmos uma conversa sobre a natureza desta prática tão bem-aventurada.<br /><br />Temos que fazer justiça à teologia do reino do norte. Para ela, tempo de oração não é uma questão de imposição divina, mas um meio de produção. Sem dúvida, a frase de Piper denuncia essa percepção. O protestantismo euro-americano, apegado ao trabalho (como bem delineou Weber), sequestrou a oração da contemplatividade mística medieval e lhe deu um caráter laborativo. Orar é produzir e, portanto, neste sentido, “tempo é dinheiro”. É claro que o lucro advindo de tal labor se traduz nas almas convertidas ao Evangelho, no crescimento da Igreja, nos avivamentos periódicos e no estabelecimento do Reino de Deus. Destaco que em nada isso é negativo, mas não faz jus à riqueza da oração, no sentido bíblico do termo.<br /><br />Outro fator a se considerar é que a oração – especialmente nas teologias holiness, mas também nas reformadas – é entendida como meio de purificação da alma e do corpo. Esta percepção está presente na ascese mística medieval, mas nesta era consciente, ativa e intencional. O modo de pensar de alguns protestantes pragmáticos anglo-americanos é diferente: esta purificação acontece de forma quase passiva e inconsciente – uma espécie de transformação osmótica ou radioativa. Assim, quanto mais tempo expostos à presença divina, maior a purificação – ainda que isso seja feito em meio a devaneios da mente, exaustão física ou tédio. Novamente, tempo é importante, de acordo com essa teologia.<br /><br />O equívoco aqui, entre outros, é situar Deus em um momento ou local, não o reconhecendo em toda a vida. Além disso, a compreensão que se tem de purificação não passa pelos processos dinâmicos da experimentação, retração, reconhecimento, tentativa, sofrimento, êxito, etc. É um processo que não passa pela filtragem da vida – algo dinâmico, fluido e forçado –, mas pela decantação. Ora, sabemos que água decantada “parece” limpa, até que seja agitada novamente.<br /><br />Portanto, a prática da oração não deve desprezar os aspectos positivos dos sentidos laborativo e contemplativo, mas deve ser encarada, também, como um processo contínuo, não contingencial, auto-reflexivo, terapêutico, solidário e dialogal.<br /><br />Espero ter jogado um pouco mais de pimenta neste molho.V. Frarinoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-3140203643759271880.post-45342653966796185292012-04-04T11:52:00.563-03:002012-04-04T11:52:00.563-03:00Acredito que os pontos abordados tanto neste post ...Acredito que os pontos abordados tanto neste post como no outro tocam em facetas específicas desse "todo" que chamamos de oração. Concordo com o Jonathan quando fala de oração como algo relacionado com vida, conclusão esta que acredito se encaixar perfeitamente no famoso 1 Tes 5.17. Concordo também com Vanderlei quando fala de oração intercessória e o tempo devotado a ela. Porém, o foco do primeiro texto (Uma rápida sobre a frase de John Piper)não é a oração, mas concepções teológicas tacitamente aceitas. Não sendo o foco a oração e os textos somente tocam pontos da desse "todo", todos os textos são tiros que saíram pela culatra, uma vez que ela é muito mais abrangente que os pontos abordados. A resposta do Vanderlei (Diálogo sobre a frase de John Piper (I))por essa visão não se justifica, uma vez que acredito que o jonatam não pretendia falar das profundezas da oração , e falando dela, saímos do foco original do post.<br /><br />Como agora os ultimos dois textos se focalizaram na oração, concordo com as visões acerca dela já supracitadas e quero levantar outra visão, de antemão já digo que não pretendo abordar todas as facetas desse "todo", mas tocar somente no fator "tempo" de oração. Acredito que devemos sim devotar tempo à oração, embora este tempo não seja a medida de nossa fé, comunhão e etc. Momentos de solitude e oração são importantíssimos, vemos Jesus gastar com ela. Além disso, quando se fala em vida Cristã devemos devotar nosso tempo não só a oração, mas ao estudo bíblico, jejum, comunhão. Ressalto que nada disso deve ser termômetro da essência da vida Cristã, mas consequência...de forma que o fator "tempo" não deixa de ser importante, embora não seja mas importante do que o fator "vida". Mas, pelo fator "vida" não se deve menosprezar o fator "tempo"de oração( Eu sei que o Jonatan não quiz dizer isso). Não quero com isso deixar transparecer que deve-se gastar horas e horas orando, mas que tirar um tempo a ela é bíblico. Não gasto muito tempo orando, mas vivo orando onde estou, seja um minuto ou uma hora, esse tempinho que uso para ter um abordagem objetiva com Deus é primordial. Se necessário posso citar vercículos sobre a ideia de tempo em oração, mas acredito não se fazer necessário.<br /><br />É claro que sei que tanto o Jonatam como Vanderlei não ignoram o fator "tempo", só queria tocar nele, já que cada um tocou em um ponto desse "todo orativo"....rsrsr<br /><br /><br />Não sei se ficou claro, mas não estou afim de escrever muito, espero que a discussão se prolongue, pois ela é pertinente.sidneyhttps://www.blogger.com/profile/18080785214303481125noreply@blogger.com